Tráfico de papagaios é assunto abordado com estudantes em visita ao Bioparque Pantanal. “Papagaio feliz não fala, voa”

Trabalho de conscientização é realizado na maioria das vezes em escolas públicas, tendo como público-alvo estudantes de várias idades

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Estudantes de Campo Grande e do interior do Estado que passarem pelo Bioparque Pantanal nesta semana terão a oportunidade de conhecer o Projeto Papagaio verdadeiro que aborda as consequências do tráfico de aves e a luta para que os animais possam viver livres na natureza.

Paula Costa é bióloga e responsável pela educação ambiental do projeto. Segundo ela o trabalho de conscientização é realizado na maioria das vezes em escolas públicas, tendo como público-alvo estudantes de várias idades.

“Para cada faixa etária fazemos uma abordagem diferente, utilizamos fotos, teatro de bonecos e uma conversa direta explicando as sérias consequências de retirar o animal de seu habitat natural”, pois papagaio feliz não fala, voa”, pontuou a profissional que utiliza a frase de impacto para chamar a atenção do público que conhece o animal justamente pelo fato de imitar as pessoas.

O pequeno Pietro Antônio de 11 anos veio conhecer o Bioparque com os colegas da escola do município de Figueirão. Empolgado com a palestra a criança interagiu com as perguntas da bióloga. “A partir de agora vou ajudar a proteger as aves, é muito triste ver os animais presos em gaiolas ou com as asas cortadas”, disse o garoto.

A Diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri destacou a importância de parcerias como essa que só agregam ao empreendimento. “Temos como responsabilidade socioambiental conscientizar e sensibilizar os visitantes quando a urgência da conservação das espécies e o trabalho sendo projetado para crianças e jovens é uma forma de termos aliados na luta pela preservação da nossa biodiversidade”.

Desde 1993 o projeto trabalha pela conservação do papagaio-verdadeiro, pois as aves são coletadas de maneira ilegal para comercialização e grande parte acaba morrendo. Além disso, o trabalho gera conhecimento técnico-científico sobre a espécie e o conteúdo é transformado em ações de educação para conservação e combate ao tráfico dos papagaios.

Rosana Lemes, Bioparque Pantanal

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