Polícia prende três suspeitos de matar ex-vereador Alceu Bueno

A polícia prendeu nesta quarta-feira (28) dois homens e uma mulher suspeitos de matarem e queimarem o corpo do ex-vereador de Campo Grande Alceu Bueno (sem partido), no dia 21 de setembro de 2016. Eles foram encaminhados para Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras). 

 O caso foi registrado como latrocínio – roubo seguido de morte. O veículo de Bueno foi encontrado dois dias depois na região de fronteira também queimado. Segundo a polícia, o laudo necroscópico apresentou sinais de traumatismo craniano. A investigação está sob sigilo. As imagens de câmeras de segurança de um condomínio mostram o veículo de Bueno em uma estrada de terra, em direção ao terreno baldio. Também é possível ver uma explosão. 

Segundo a polícia, o ex-vereador já estava morto no momento em que estas imagens foram gravadas. Bueno estava desaparecido desde o dia 20 de setembro, quando a família registrou um boletim de ocorrência, segundo informações da polícia. A confirmação da identidade foi feita pela impressão digital.

Renúncia - Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador depois de ser acusado por exploração sexual. Além de Bueno, também são suspeitos do crime de exploração sexual o ex-vereador na capital sul-mato-grossense Robson Martins, o ex-deputado estadual em Mato Grosso do Sul, Sérgio Assis (sem partido), o empresário Luciano Pageu e o comerciante Fabiano Viana Otero. Martins, Pageu e Otero, também são suspeitos de extorsão contra Bueno. Os três estão presos e somente o último confessa envolvimento. Os demais negam participação, assim como o vereador renunciado.

Caso - Martins e Pageu foram presos no dia 16, em flagrante, quando recebiam dinheiro de Bueno. A defesa deles diz que eles apenas ajudavam o político a se livrar da extorsão. O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que investiga o caso, disse que depois de encontrar com as meninas em locais públicos, os políticos seguiam com elas para motéis. 

As meninas gravavam os encontros em câmeras escondidas em chaveiros. As cópias das gravações foram entregues ao Ministério Público do Estado (MPE). O relatório final do inquérito será entregue para que a promotoria decida se vai apresentar a denúncia à Justiça. Três meninas de 15 anos estariam envolvidas com os políticos. Duas teriam saído com eles. Pelos relatos de Otero à polícia, foi verificado que elas cobravam cerca de R$ 600 por encontro.

O início - Segundo o delegado, Otero revelou ainda em depoimento que ele e Pageu teriam criado um perfil fake no facebook, com fotos sensuais de uma das adolescentes. Políticos então teriam começado a enviar convites de amizade e a manter contato. Ainda conforme a oitiva, Otero e o empresário Luciano Pageu estavam tentando verificar se o negócio daria certo. A partir daí, eles marcariam encontros e enviariam convites para outros políticos. A defesa de Fabiano Otero tenta delação premiada.

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