Pesquisadores de MS desenvolvem detergente que mata larvas de mosquito da dengue

Produto foi criado à base de líquido da casca da castanha de caju

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Estudos começaram em 2015. Foto: Divulgação

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), coordenados pela professora doutora Alexeia Barufatti, estão desenvolvendo um detergente feito à base do líquido da casca da castanha do caju, que em contato com a água, elimina as larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, febre chikungunya e zika vírus. Esta pesquisa conta com o financiamento do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

O trabalho do grupo começou em 2015 quando foram realizados os primeiros experimentos com o líquido extraído durante a torra da castanha do caju. O grupo de pesquisa é formado por alunos de iniciação científica, de mestrado, de doutorado, pós-doutorandos, além de docentes da UFGD, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo o pós-doutorando da UFGD, biólogo Bruno Amaral Crispim, a ideia é que o composto seja utilizado como um detergente normal nas atividades domésticas, e que indiretamente cumpriria com o objetivo de eliminar as larvas do mosquito. “A partir do óleo da castanha de caju fizemos alterações químicas que tornaram este produto um detergente, que após testes de efeito larvicida, ficou comprovado sua eficácia no combate às larvas do mosquito. Também realizamos testes de efeito ambiental onde verificamos que este produto ao chegar aos rios e córregos apresenta pouca ou nenhuma toxicidade em organismos não alvos tais como algas, peixes e crustáceos”, explicou.

Os próximos passos do projeto são testes de segurança para a saúde humana e posteriormente, depois de comprovada a total eficácia do produto, fazer com que as empresas que produzem detergentes “comprem a ideia” e passem a utilizar este composto em seus produtos. 

Com imagem e informações do Correio do Estado

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