Vale do Ivinhema: "Aparato de elite", diz polícia sobre trio que tentou furtar R$ 200 mil de banco

Polícia pediu prisão preventiva dos suspeitos, que foi decretada pela Justiça

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Imagem: (Divulgação/PMMS)

Com "aparato de elite", relatório de análise técnica da Polícia Civil concluiu que há fortes indícios de que Jadson Constante, de 33 anos, Tiago Bispo, de 35, e Edimar Wessler, 49, acusados de invadir agência bancária em Batayporã, no sábado (7), fazem parte de uma quadrilha especializada, da qual alguns integrantes já foram presos tentando cometer crimes em Mato Grosso do Sul.

O relatório em questão foi feito pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) no dia seguinte à prisão do trio. Nele, a polícia discorre que vem tentando identificar um grupo "extremamente organizado", que conseguiu realizar diversos furtos em MS, com o mesmo "modus operandi", característico da mesma quadrilha.

O foco do grupo, de acordo com a investigação, está nas cidades menores, onde existe pouca segurança. "(...) utilizando-se de ferramenta tipo serra-copo, realizando um corte extremamente específico consistente na confecção de um quadrado, façam o arrombamento do caixa eletrônico e subtração do numerário ali existente", descreve o Garras. 

Esse tipo de corte, segundo a polícia, é igual em todos os furtos investigados no Estado, se tratando de uma "assinatura" da quadrilha. Outro exemplo que confirma se tratar da mesma associação criminosa é a maneira como invadem as agências: "ingressam por meio do arrombamento de uma das portas não principais", descreve o relatório. 

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Sinal deixado pela ferramenta serra-copo em formato retangular em furto realizado em Juti. Foto: (Reprodução)

Somente em 2022, diversos caixas do Banco Bradesco foram alvos do grupo "de maneira extremamente organizada e profissional, contando com aparato típico de criminosos de elite". O relatório cita furtos nas cidades de Juti (dezembro de 2022); em Anaurilândia (agosto), quando foram levados R$ 144 mil; e Anhanduí, distrito de Campo Grande (julho).

Segundo o Garras, esses criminosos vêm de fora do Estado, geralmente de Santa Catarina, "onde há difusão desse tipo de crime", e buscam alvos fáceis (cidades pequenas e pacatas), como ocorreu nas agências citadas acima. Diante das evidências, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do trio flagrado em Batayporã, que foi deferida pela Justiça.

Tentativa de furto - Os três criminosos, vindos de Joinville (SC) e Cascavel (PR), foram presos na noite de sábado (7) tentando furtar cofre do Banco Bradesco, em Batayporã. Eles disseram à polícia que combinaram o crime pela internet e pretendiam furtar R$ 200 mil.

O grupo contou à polícia que antes de tentar furtar a agência pesquisaram se o banco tinha dispositivo de segurança, como vigilância noturna, câmeras de monitoramento ou alarmes.

Sem armas, os criminosos faziam uso de ferramentas como furadeira eletromagnética, lixadeiras, chaves de fenda, pé de cabra, luvas, óculos, brocas e óleo solúvel para refrigerar o sistema de perfuração, além de vários discos para cortar metal.

A PM flagrou a ação e conseguiu impedir o furto. Além das ferramentas, foram apreendidos com o trio telefones celulares, um VW Gol, um valor em dinheiro e documentos pessoais. No ano passado já havia ocorrido uma tentativa de arrombamento na mesma agência, mas na ocasião não houve flagrante.

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