Quadrilha presa por furto de caminhonetes em MS causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão

Membros da quadrilha recebiam cerca de R$ 9 mil por cada caminhonete furtada

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Ferramentas usadas pelos criminosos para o furto das caminhonetes. Imagem: (Eliel Dias)

Setorizada e organizada: assim era a quadrilha, agora presa por policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) após o furto de cinco caminhonetes e a tentativa de outro furto em Campo Grande.

Conforme o delegado Erasmo Cubas, “Tem uma sistemática de muitas pessoas envolvidas, mas é uma quadrilha setorizada. Os dois envolvidos na situação de abertura de veículos e os demais eram as pessoas que pegavam os carros para serem vendidos”, disse Erasmo.

“Alguns dos veículos nem voltam ao Brasil, são entregues lá dentro do Paraguai e fazem manipulação, seja adulteração e venda no próprio país vizinho, ou muitas vezes adulterações com placas frias, e retornam àquela situação que conhecemos popularmente como ‘cavalo doido’, aqueles carros entupidos de maconha. E por isso a preferência pela SW4, eles conseguem colocar dentro dela quase 2 mil quilos de maconha”, explicou o delegado.

Erasmo Cubas disse que o prejuízo causado às vítimas é de mais de R$ 1 milhão. Ainda conforme o delegado, um dos presos no aeroporto de Guarulhos seria a pessoa que trouxe um dos bandidos para cometer os furtos.

Conforme Erasmo, esse preso estava pagando as hospedagens e os custos dos criminosos que estavam atuando nos furtos das caminhonetes em Mato Grosso do Sul. Segundo informações, os membros da quadrilha eram de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.

Cada carro encomendado levado para a fronteira rendia cerca de 2 toneladas de drogas para os criminosos, que faziam a distribuição do entorpecente.

Câmeras de segurança

Câmeras de segurança registram o momento em que os suspeitos descem do carro e furtam uma caminhonete. Na terça-feira (23), os investigadores interceptaram uma Toyota SW4, furtada pouco antes na Rua Abrão Júlio Rahe.

As investigações ainda apontaram que duas pessoas do grupo davam suporte utilizando um Fiat Uno. Eles eram responsáveis por circular pelas ruas, escolher e furtar os veículos. No dia 20 de setembro, o grupo furtou uma Hilux. Entre os dias 21 e 22, outra caminhonete do mesmo modelo foi furtada. No dia 22, o grupo furtou uma SW4 e, entre os dias 22 e 23, outra SW4 foi alvo da quadrilha.

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