Homem de 35 anos foi condenado a 70 anos de prisão pelo estupro de quatro irmãs e da filha de sua madrasta. Os crimes aconteceram na cidade de Paranaíba, durante pelo menos 8 anos. O julgamento aconteceu no dia 29 de abril, mas a sentença só foi divulgada nesta quarta-feira (7).
O caso foi investigado pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) da cidade. As vítimas foram ouvidas e foram colhidas provas. Além disso, foram feitos laudos. A polícia chegou a solicitar a prisão do homem para interromper os abusos e também para garantir a ordem pública.
Os pais das vítimas também foram sentenciados a 14 anos de prisão porque sabiam dos estupros e não denunciaram. Por estarem respondendo ao processo em liberdade, eles serão monitorados por tornozeleira eletrônica até o início do cumprimento da sentença, em regime fechado. O autor dos abusos já estava preso e assim continuará.
Além disso, o autor foi condenado a indenizar cada uma das vítimas em R$ 3 mil.
"A condenação representa não apenas a resposta penal proporcional à gravidade dos crimes, mas também o reconhecimento da atuação estratégica e sensível da Polícia Civil frente a delitos contra a dignidade sexual. O caso reafirma a importância da denúncia e da confiança da população nas instituições de proteção e justiça”, destacou a delegada Eva Maira Cogo, titular da Dam.
Caso - As meninas são irmãs do homem por parte do pai e o caso foi descoberto após uma delas, de 11 anos, contar na escola sobre os abusos. A vítima foi ouvida na delegacia da cidade e revelou os detalhes do crime.
À delegada responsável pela investigação, a criança contou que saia da escola no horário do almoço, momento em que o irmão passou de moto por ela, fez com que ela subisse no veículo e a levou para casa dele. Quando chegaram na residência, os filhos do suspeito estavam na sala assistindo televisão, ele a levou para o quarto onde cometeu o estupro. Conforme a delegada, a mãe do suspeito chegou e o abuso foi interrompido.
A denúncia foi feita no início de junho ao ano passado, na mesma data, com o auxilio do Conselho Tutelar, no mesmo dia equipe foi na escola buscar as outras adolescentes, irmãs da vítima. A menina de 13 anos confirmou ter sido abusada também pelo homem no mesmo dia que um irmão dela morreu.
Já a adolescente de 17 anos contou que começou a ser abusada pelo irmão antes dos 14 anos e os estupros aconteceram diversas vezes e só pararam quando ela engravidou. Elas contaram sobre o caso aos pais, mas nenhum deles informou à polícia.
A filha da madrasta também foi vítima do homem. Para cometer o estupro, ele pulou o muro onde a jovem morava. E por fim, uma outra adolescente de 16 anos, que não morava mais com a família, também foi abusada pelo acusado. No caso dela, os crimes começaram quando ela tinha 8 anos e só pararam quando ela completou 11 anos.
Além disso, ele tentou estuprar uma sobrinha quando ela tinha 13 anos. A vítima chegou a tentar minimizar a situação quando foi ouvida na delegacia. O homem não foi julgado pelo crime. A mãe da menina e irmã do acusado também sabia e não denunciou. Ela foi absolvida pela Justiça.
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