Eliete Oviedo Pereira e Ediele Oviedo Pereira, mãe e filha, seguiam para um encontro familiar momento antes do acidente que matou as duas, na MS-141, entre Nova Andradina e Angélica. Elas se perderam com o GPS do celular e, ao passarem pela ponte, o carro acabou caindo no rio. "Iriamos nos encontrar em Ivinhema. Fazia sete meses que não via minha mãe", lembra a empresária Ariane Oviedo, que perdeu mãe e irmã no acidente.
Ariane tentou segurar as lágrimas ao conversar com a reportagem. Ela mora em Palotina, no Paraná, e seguiu até Ivinhema para encontrar a família, neste domingo (13). "Vim trazer minha filha para passar as férias com minha mãe", lembra.
A empresária diz que estava a 37 km de distância, esperando em Ivinhema, quando percebeu que os celulares das duas não davam mais sinal. "O GPS mandou para outra estrada e depois elas perderam o sinal". Cerca de 30 minutos depois, a notícia: "uma moça começou a ligar, falando que o carro havia caído no rio e que já haviam socorrido meu sobrinho, de 6 anos. Fiquei desesperada, porque ele estava bem, mas lembrei que elas não sabiam nadar".
Como estava próxima, a família seguiu até o local do acidente. "Ainda não caiu a ficha. Fui lá, entramos até no rio para tentar salvar, mas elas estavam sem vida", lamenta.
Ariane cresceu em Campo Grande, onde a mãe tinha uma lanchonete e a irmã, um salão de beleza. "Ficava no Jardim Noroeste, um comércio do lado do outro. Éramos muito amigas. Toda família está arrasada", lamenta a empresária.
A despedida das duas começa ainda nesta segunda-feira, na capela da Pax Mundial, em Campo Grande, segundo a irmã. O sepultamento deve ocorrer nesta terça-feira (15).
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