Marido ateia fogo à esposa exigindo confissão de traição e é preso após tentar invadir hospital em MS

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Mulher teve braços e pernas queimados e ficou 15 horas sofrendo com a dor dos ferimentos, impedida pelo marido de pedir ajuda. - Crédito: Polícia Civil de Água Clara/Divulgação

Vítima disse à polícia que ficou por 15 horas sofrendo com a dor decorrente das queimaduras porque o marido a impedia de pedir socorro. Ele foi preso por tortura e tentativa de feminicídio.

A Polícia Civil de Água Clara, prendeu na quarta-feira, dia 13 de fevereiro, um homem suspeito de espancar a esposa, atear fogo nela e impedi-la de pedir socorro. Segundo a polícia, as agressões aconteceram porque o home exigia que a esposa confessasse uma traição.

A mulher foi hospitalizada no dia 9 de fevereiro. Quando o investigador de polícia interrogou-a, ela disse que queimaduras haviam acontecido em um 'acidente doméstico'. De acordo com o delegado Felipe Alvarez Madeira, a polícia ouviu o casal em ambientes diferentes e as versões não batiam. Foi então que desconfiaram que a mulher estaria com medo de admitir as agressões do companheiro, e passaram a investigá-lo.

No dia 12 de fevereiro a polícia foi acionada por funcionários do hospital informando que o suspeito estava tentando invadir o local. A delegada Karen Viana Queiroz ouviu novamente a vítima no local, que confirmou ter sido agredida pelo marido. Ele a espancou com um cabo de vassoura, batendo em suas costas e deixando marcas aparentes, e em seguida, com ela deitada na cama, jogou gasolina no edredom que a cobria e colocou fogo, queimando seus braços e pernas.

'A mulher afirmou à polícia que, após ser queimada, ficou 15 horas agonizando com a dor das queimaduras porque o homem a impedia de pedir socorro. Ela relatou que já havia sido esfaqueada e agredida pelo autor várias vezes', relata o delegado.

Em seguida, o homem foi detido e segundo o delegado, estava alterado: 'O suspeito estava embriagado, em estado quase letárgico, mal conseguia falar', afirma. Na delegacia, ele confessou ter agredido e ateado fogo à esposa por ciúmes.

A vítima pediu medida protetiva contra o marido, e a prisão preventiva dele foi decretada pela Justiça nesta quarta (13). Ele vai responder por tortura e tentativa de feminicídio e deve permanecer na delegacia de Água Clara aguardando ser encaminhado a um presídio.

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