Caí número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família em MS

Governo federal tem feito pentes-finos desde o começo do ano

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Paralelamente à queda no número de beneficiados, o valor pago mensalmente teve crescimento de 5,15%

O número de famílias atendidas pelo programa federal Bolsa Família teve queda de 1% em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do Ministério da Cidadania, 1.196 famílias foram excluídas do programa neste ano em comparação ao ano passado. Ao todo, 127.608 famílias receberam o Bolsa Família em março deste ano, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o número de beneficiados no Estado era de 128.804.

A redução é saldo das ações de pente-fino entre os beneficiários. No começo do ano, fiscalização do Controladoria Geral da União (CGU) detectou, somente em Campo Grande, por exemplo casos de famílias que declararam renda de R$ 257 quando recebem mais de R$ 3 mil mensalmente, outros de famílias com vários veículos na garagem, entre outros casos. A expectativa é que as ações continuem neste ano.

Foi esse processo de revisão dos benefícios para identificar fraudes e repasse indevidos de em benefícios concedidos pela União que permitiu a implantação do 13º pagamento do Bolsa Família, anunciado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o ministro de Cidadania, Osmar Terra, o maior controle em benefícios como o auxílio-doença, pago pela Previdência Social, culminou na economia de R$ 15 bilhões no ano passado. “Tínhamos mais de 1 milhão de pessoas que recebiam o auxílio-doença sem fazer nenhum controle por mais de 10 anos”, destacou.

Paralelamente à queda no número de beneficiados, o valor pago mensalmente teve crescimento de 5,15%, reflexo do reajuste nacional (5,67%) de 2018. No ano passado, a média mensal paga pelo governo federal a beneficiário foi de R$ 21,558 milhões. Já em março deste ano, o valor médio distribuído para cada família em março saltou de R$ 167,38, em 2018, para R$ 177,65, neste ano.

DÉCIMO TERCEIRO

O anúncio do 13º parcela do Bolsa Família faz parte das comemorações dos 100 primeiros dias do governo. O acréscimo do benefício representará um aumento de 8,5% no montante anual pago às famílias beneficiadas, 13,9 milhões em todo o Brasil, o que representa um custo de R$ 2,5 bilhões a mais no programa. Por isso, o programa não terá reajuste neste ano. Para o próximo ano, o ministro condicionou o reajusto à aprovação da Reforma da Previdência.

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