Em Mato Grosso do Sul, 348 unidades consumidoras, abrangendo residências, áreas rurais e setores comerciais/industriais, já adotaram a Tarifa Branca até abril de 2025. Essa modalidade tarifária, destinada a consumidores de baixa tensão (Grupo B), varia o preço da energia ao longo do dia. Assim, os valores são mais baixos em horários de menor demanda (fora de ponta), intermediários e mais altos em horários de pico (ponta).
Mais precisamente, os horários considerados como ‘ponta’ ou ‘horário de pico’ estão compreendidos entre 18h e 21h. O horário intermediário vai das 17h às 18h e das 21h às 22h. O restante das horas, por sua vez, são horários ‘fora de ponta’.
Desse modo, a opção pela Tarifa Branca é benéfica para quem consegue concentrar o consumo em horários de menor demanda, como madrugadas, manhãs e parte das tardes. Finais de semana e feriados também estão na faixa considerada ‘fora de ponta’.
Isso inclui, por exemplo, pessoas com rotinas flexíveis, empresas que operam à noite ou nos fins de semana, e indústrias com turnos adaptáveis. A ideia principal é incentivar o uso consciente da energia, aliviando a sobrecarga na rede elétrica durante os picos de consumo.
Contudo, essa tarifa não é recomendada para consumidores que utilizam muita energia nos horários de pico e não podem mudar seus hábitos. O risco, neste caso, é que a conta fique até mais cara e, nessa situação, é mais vantajoso continuar na Tarifa Convencional.
Segundo a Aneel, os aparelhos que mais contribuem com o consumo de energia são o chuveiro elétrico e os equipamentos de ar-condicionado e aquecedores. A possibilidade de utilizá-los nos períodos fora de ponta é fundamental para definir se a adesão à Tarifa Branca pode ser vantajosa. Isso porque apresentam um elevado consumo de energia em comparação com os demais equipamentos.
Exemplos residenciais
Vamos analisar como o seu consumo diário de eletricidade pode impactar a sua conta, especialmente ao considerar diferentes opções de tarifas.
No primeiro exemplo, como apresentado no gráfico, observamos um consumo significativo de energia nos horários de ponta durante os dias úteis. Isso se deve principalmente ao uso de chuveiro elétrico para um banho no período intermediário e dois banhos no período de ponta. Se essa residência não mudar seus hábitos, permanecer na Tarifa Convencional seria mais vantajoso financeiramente.
Se dois banhos fossem deslocados para o período fora de ponta (perfil 2) e mantivesse apenas um na ponta, a adesão à Tarifa Branca seria benéfica. Conforme ilustra o exemplo abaixo, essa pequena mudança poderia gerar uma economia mensal de R$ 3,85.
No segundo exemplo, novamente vemos um uso concentrado do chuveiro elétrico no período de ponta nos dias úteis (perfil 1), mas também há uma maior utilização de outros eletrodomésticos fora de ponta. Neste cenário, simplesmente mudar para a Tarifa Branca já economizaria R$ 5,34 por mês.
Além disso, se esse consumidor conseguir deslocar ainda mais seu consumo para o período fora de ponta (perfil 2), a Tarifa Branca se torna ainda mais vantajosa, resultando em uma redução mensal de R$ 6,66 na conta de luz.
Como aderir
Para aderir, basta solicitar à distribuidora de energia, que tem até 30 dias para instalar o novo medidor. Em novas ligações, o prazo é de 5 dias (área urbana) ou 10 dias (área rural).
É possível retornar à Tarifa Convencional, porém, uma nova adesão à Tarifa Branca só será permitida após 180 dias. A troca do medidor é gratuita, mas eventuais adequações na instalação são responsabilidade do consumidor.
No caso de Mato Grosso do Sul, a concessionária de energia da maior parte dos municípios é a Energisa, com contato pelo número 0800-722-7272 e pelo aplicativo mobile Gisa.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.