Em época de vírus, cuidado com os links que você clica na internet

Outros vírus podem causar problemas durante a pandemia; acessar o internet banking e links no WhatsApp também requer cuidados

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Plástico filme nos teclados e álcool em gel nas mãos previne contra o coronavírus, mas o que fazer pela segurança das suas senhas e aparelhos? (Foto: Paulo Francis)

Além do coronavírus, em época de pandemia e isolamento social, é bom ficar atento aos links e sites que você acessa na internet. Independente de quem te mandou ser uma pessoa de confiança, você pode estar repassando vírus para seu celular e computador, mesmo sem perceber.

Diferente do coronavírus, as mensagens atrativas e com chamadas que impressionam os olhos, são velhas conhecidas de quem usa a internet. Devido a diversas empresas terem adota o teletrabalho no período de isolamento, é inevitável que estamos consumindo ainda mais informações em telas e, consequentemente, mais propícios a acessar páginas de origem duvidosa.

Lavar as mãos com frequência, utilizar álcool em gel e manter-se em casa são medidas que já estamos tomando contra a COVID-19. Mas e nos telefones celulares, e-mails, contas na internet e redes sociais, será que não é preciso ter o mesmo cuidado com suas senhas e acessos?

O professor de Redes de Computadores e Segurança da Informação da Facom-UFMS (Faculdade de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Brivaldo Júnior, dá dicas de atenção e ferramentas para evitar o contágio de vírus também online.

A primeira dica passada pelo professor é ficar atento aos links que são clicados para acessar os bancos ao pagarmos conta ou depositarmos dinheiro. A segunda é conferir itens no navegador que podem ser indicativos de que o site é seguro, como um cadeado verde ao lado da URL. Por último, instalar os aplicativos dos próprios bancos é uma alternativa ainda mais segura, mas deve-se ficar atendo ao desenvolvedor, indicado na loja de apps.

“Muita gente usa os buscadores como Google e Bing e, às vezes, podem levar a links disfarçados, embora essas empresas mantenham um bom repertório de segurança. Instale os aplicativos do banco nos dispositivos móveis tomando cuidado se o desenvolvedor é o próprio banco”.

Além disso, o professor explica que é fundamental verificar, ao fazer o pagamento de boletos, se ao digitar o código de barras, o destinatário é o mesmo anotado no boleto. Ainda em relação a pagamentos pelo internet banking, atualizar o aplicativo no celular e computador, ao invés dos sites, garante ainda mais segurança.

No período de quarentena, o volume de conteúdo que somos expostos diariamente também aumentou. Por isso, é preciso tomar cuidado com os links clicados, ainda mais quando podem estar disfarçados de notícias ou títulos muito chamativos sobre a pandemia de coronavírus. É o chamado “phishing”.

“A ideia do phishing é tentar seduzir o usuário a clicar em links, programas ou baixar anexos de mensagens e e-mails, com intuito de roubar informações ou ganhar acesso indevido a sistemas. Ele sempre vem com mensagens apelativas como “acharam a cura total para a COVID-19” ou “a substância X é 100% garantida no combate à doença”

Quanto aos cadastros na internet, o professor orienta a duvidar de sites que peçam muitos dados pessoais além de nome e e-mail, e não utilizar a mesma senha para todos os logins. “A maioria dos sites pede apenas um e-mail e senha, outros podem sugerir que você use sua conta de rede social para acessar o serviço. É importante que você nunca use a mesma senha em mais de um site”, adverte.

Ele recomenda um site onde podemos verificar se o e-mail usado nos cadastros online já tenha vazado informações, e qual site fez isso. É a plataforma https://haveibeenpwned.com/

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Se seu e-mail e senha nunca tiver vazado, a mensagem ficará em verde. (Foto: Reprodução)

“Outra dica importante é ativar a autenticação de duplo fator. Muitos sites importantes, como o do seu e-mail, por exemplo, permitem a ativação desta tecnologia. Como ele é utilizado em vários sites e cadastros na Internet, você precisa reforçar a segurança dele. Ative a autenticação de duplo fator (2FA) para que você tenha uma segunda camada de segurança no seu e-mail”, orienta.

Assim, ao baixar um aplicativo de autenticação e, ao fazer o login no e-mail, é preciso adicionar um código gerado nesse aplicativo, uma espécie de segunda senha. “O site pede a senha, verifica que você tem a autenticação e pergunta o código de seis dígitos do aplicativo. Ele gera uns 8 códigos desse reservas, caso a pessoa perca o celular ou seja roubada, consegue acessar o e-mail e recuperar o 2FA”.

Credito: Campo Grande News

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