Uma mulher de 24 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil de Ivinhema, na manhã de quinta-feira (22), após deixar o filho de apenas cinco anos de idade por várias horas sozinho e sem cuidados abandonado em sua residência.

A fato ocorreu por volta das 9:20 da manhã, quando uma equipe de investigadores foi até uma residência do Bairro Triguinã para entregar uma intimação para outra mulher, moradora do local.

Ao chamarem por ela, foram recebidos por uma criança de apenas 5 anos de idade que disse que estava sozinho na casa, pois sua mãe havia saído com a amiga já fazia tempo.

Os policiais civis tentaram por diversas vezes contato telefônico com a mulher, porém não foi possível, sabendo-se depois que ela não havia levado seu celular consigo.

Os investigadores então fizeram contato com o delegado Ricardo Cavagna que orientou que aguardassem a chegada da mãe do garoto, e que acionassem o Conselho Tutelar.

A equipe ficou na residência até por volta das 10:30, mais de uma hora após a constatação que o garoto estava sozinho no local, e como sua mãe não retornou, a vítima foi levada pelo Conselho Tutelar, e a Polícia Civil iniciou diligências para localizar a mulher, não encontrando-a.

Já por volta das 11:30, mais de duas horas após deixar seu filho sozinho em casa, enquanto uma equipe ainda procedia diligências para encontrar a mulher, ela compareceu na Delegacia em busca do filho.

Perguntada pelo delegado sobre onde estava e quais os motivos de deixar seu filho de apenas 5 anos de idade sozinho em casa, a mulher afirmou que havia saído para comprar materiais de construção e que achava que não iria demorar muito.

O delegado deu voz de prisão para a mulher que foi autuada em flagrante pelo crime de abandono de incapaz. Ela foi recolhida as celas da Delegacia de Polícia de Ivinhema, onde aguardará a disposição da Justiça.

Se condenada, a mulher poderá cumprir pena de até 3 anos de detenção.

Ao site, o delegado Ricardo Cavagna destacou que a prisão em flagrante se deu em razão dos riscos que a criança correu por ter sido deixada sozinha em casa e por informações no sentido de que está não era a primeira vez que tal situação acontecia.

“O crime de abandono de incapaz prevê como fato punível a conduta de quem deixa pessoa que está sob seu cuidado em situação em que é incapaz de se defender sozinha dos riscos decorrentes desse abandono. E no caso, sem dúvida, é evidente que uma criança de apenas cinco anos de idade não tem como se proteger tanto de riscos externos, como um abuso sexual, quanto de riscos por ela criados, haja visto que não tem discernimento para decidir o que é perigoso e pode lhe fazer algum mal, como por exemplo provocar um incêndio e não conseguir se salvar”, disse o delegado Ricardo Cavagna.