Publicado em 06/02/2019 às 08:05, Atualizado em 31/08/2022 às 16:45

Protesto contra Energisa já conta com apoio de 300 vereadores de MS

Concessionária da energia elétrica estaria praticando reajustes exagerados, segundo consumidores

Da Redação, Créditos - Celso Bejanaro
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Em Sidrolândia, Produtor Rural com conta de luz de R$ 173,22 do mês de dezembro vai para R$ 1.840,00 em Janeiro, ENERGISA disse “Vamos Parcelar”

Ao menos 300 dos 800 vereadores de Mato Grosso do Sul já disseram que vêm à reunião na Câmara Municipal de Campo Grande, dia 20, onde vão debater alternativas para pressionar a Energisa a se justificar sobre os seguidos aumentos na conta de energia elétrica.

Além do manifesto dos vereadores, deputados estaduais também têm sido chamados para a audiência.

“Sabemos que é da Assembleia Legislativa a responsabilidade em fiscalizar a concessão dada a Energisa, mas a Lei Orgânica do município nos obriga a examinar o valor da conta, um exagero conforme dezenas de relatos de consumidores. Isso é nosso papel”, afirmou o vereador Valdir Gomes (PP).

Gomes disse que o número de vereadores na audiência deve aumentar até a data combinada. Segundo ele, os parlamentares municipais devem trazer abaixo-assinados como meio forçar os executivos da Energisa a se explicarem a razão do reajuste, tido por ele, como um “absurdo”.

Valdir Gomes disse que pagava em torno de R$ 1 mil na conta mensal da energia elétrica, neste mês, subiu para R$ 2 mil. “Pedi à empresa que fosse a minha casa para ver se há alguma irregularidade, mas até agora, nada. Acho que no relógio marcador do consumo de energia está cheio de rato, isso sim”, afirmou o vereador.

A ideia dos vereadores é agendar reuniões em Brasília ou com os diretores da empresa. “E também que o Procon municipal se instale dentro da Energia. Eles [concessionária] não são soberanos, quem é soberano nessa vida é Deus”, protestou.

Enquanto Gomes discursava sobre a reunião do dia 20, ao menos oito dos 29 vereadores fizeram fila no microfone para apoiar a propósito do que já chamam da “marcha dos vereadores”.