Publicado em: 09/02/2025

Mato Grosso do Sul está em alerta para arboviroses, diz Ministério da Saúde

MS aparece entre os estados com maior incidência de chikungunya

CampoGrandeNews,
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Mosquito Aedes aegypti sobre a pele de uma pessoa (Foto: Divulgação)

O primeiro Informe Semanal de 2025 sobre arboviroses, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Saúde, destaca a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika no Brasil. Mato Grosso do Sul aparece entre os estados com maior incidência de chikungunya, reforçando a necessidade de intensificação das medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan On-line), foram registrados 139.241 casos prováveis de dengue no país nas primeiras quatro semanas do ano, com uma incidência de 68,6 casos por 100 mil habitantes. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma redução de 57,9% nos registros.

No entanto, 21 óbitos já foram confirmados e outros 160 estão em investigação. Embora Mato Grosso do Sul não esteja entre os estados com os maiores índices de dengue, o alerta continua, pois três sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2 e DENV-3) seguem em circulação, sendo o DENV-3 responsável por um aumento proporcional de casos desde o final de 2024.

O informe revela que Mato Grosso do Sul e Mato Grosso lideram a incidência de chikungunya no país. Foram 8.498 casos prováveis registrados até o momento, com um coeficiente de incidência de 4,2 casos por 100 mil habitantes. Comparado ao ano passado, houve uma queda de 71,9% nas notificações. Entretanto, três óbitos já foram confirmados.

O crescimento da chikungunya no estado preocupa, pois a doença pode causar complicações graves e sequelas prolongadas, como dores articulares crônicas. O combate ao mosquito transmissor continua sendo a principal estratégia de controle da doença.

No caso do zika vírus, os números também apresentam redução. O país registrou 168 casos prováveis, uma queda de 38,5% em relação ao mesmo período de 2024. A concentração maior está nas regiões Norte e Sudeste, principalmente no Espírito Santo, Acre e Tocantins. Mato Grosso do Sul não aparece entre os estados mais afetados, mas a vigilância permanece necessária, especialmente para gestantes, grupo de maior risco para complicações associadas ao vírus.

Além da dengue, chikungunya e Zika, o relatório do Ministério da Saúde aponta o crescimento dos casos de oropouche, com 2.791 notificações no Brasil, sendo Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais os estados mais atingidos. A febre amarela segue sob observação, com casos confirmados em São Paulo e Minas Gerais.