Réu por fraude e bitcoins, empresário lucra há 6 anos com licitações milionárias

Nome de Ivan F.L. veio à tona por ganhar mais uma vez licitação “gorda”, em Ivinhema

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Ivan Felix de Lima em evento da Minerworld em julho de 2017. (Foto: Redes Sociais)

Empresário do setor de construções que sempre ganha contratos milionários com o Poder Público e chamado também de “Rei dos Bitcoins”, o nome de Ivan Felix de Lima veio à tona por ganhar mais uma vez licitação “gorda”, em Ivinhema, cidade a 289 Km de Campo Grande. São R$ 52,7 milhões para qualificação viária do município, cujo resultado é de 28 de fevereiro.

Leitor do Campo Grande News que prefere o anonimato, chamou atenção para o fato de o empresário ter sido alvo, em outubro de 2018, da “Operação Pregão”, por fraude em licitações em Dourados e também da “Lucro Fácil”, em abril do mesmo ano, ambas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Entre 2018 e novembro de 2021 ele ficou sem poder contratar com o Poder Público por decisão judicial.

Dono da GTX Serviços de Engenharia e Construção Ltda, Ivan voltou a ter o direito de contratar com o Poder Público, mesmo respondendo ação, em novembro de 2021. Desde então, a empresa aparece como vencedora de diversas licitações em cidades de Mato Grosso do Sul. Em março do ano passado, garantiu R$ 5.784.213.66 da Prefeitura de Três Lagoas, para obras de drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica no bairro Paranapungá.

No mesmo período, ganhou R$ 3 milhões para pavimentação da estrada vicinal que liga o bairro da Reta A-1 até a área de lazer Toca do Peixe, em Bataguassu e em maio do mesmo ano, assinou contrato com a Prefeitura de Ladário para as obras da orla da cidade, orçada em R$ 19 milhões. Em outubro de 2023, fechou contrato de R$ 1,5 milhão com a Prefeitura de Deodápolis para pavimentar diversas ruas do Distrito de Lagoa Bonita. 

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Um dos processos da Operação Pregão, que aborda dano ao erário provocado pela empresa e outros envolvidos em Dourados está em pronta para decisão, mas julgamento ainda não foi marcado. Já outro processo, que trata dos mandados e tutelas está em sigilo.

Bitocoins – em relação aos bitcoins, Ivan era um dos líderes da empresa de pirâmide financeira que foi desmembrada pelo Gaeco. Em abril de 2018, o grupo cumpriu oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, em ação civil pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor, cujo foco era combater a formação fraudulenta de pirâmide financeira através do fornecimento de suposto serviço de “mineração de bitcoins”.

Atualmente, o processo também está na fila de julgamentos e em fase de concluso para decisão. A ação tem 16 réus, entre eles Ivan, e é movido por milhares de vítimas do suposto esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízos da ordem de R$ 300 milhões.

A reportagem entrou em contato com Ivan via redes sociais, mas não obteve retorno.

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